AYAMONTE • (Espanha) | VILA REAL DE STO. ANTONIO • (Portugal)

2ª Mostra Internacional de Cinema FRONTEiRAS

24 – 28 Outubro 2017

Esta exposição sobre o cinema de animação e com inevitáveis referências à banda desenhada, está organizada pela família de Vasco Granja e está contextualizada desde as suas experiências e memórias, objetos e documentos que os seus herdeiros conservaram com carinho. Não se trata de uma exposição artística ou de carácter lúdico, se não um evento que gira em torno das emoções dos que estavam intimamente na vida de Vasco Granja e que viveram as suas paixões e experiências importantes. Através desta exposição, apresenta-se e analisa-se a sua ampla e pioneira contribuição na difusão de banda desenhada e do cinema de animação com a sua autenticidade e sensibilidade. O estilo peculiar de Vasco Granja, o seu entusiasmo e generosidade teve como objetivo criar um universo fascinante caracterizado pela diversidade e imaginação, produziu uma revolução artística com um impacto decisivo no panorama cultural de entretenimento a partir dos meados do século XX.

Informação de: José de Matos-Cruz

Escrever nos meus cuadernos de escuola o teu nome… Liberdade
Tempo de libertar as palavras
Tempo de contigo aprende a voar!
Cecilia Granja

Vasco de Oliveira Granja nasceu a 10 de Julho de 1925 no bairro de Campo de Ourique (Lisboa) e morreu a 4 de Maio de 2009 em Cascais devido a complicações respiratórias. Teve um papel fundamental na difusão da banda desenhada em Portugal e no estrangeiro desde 1940 até à sua morte. Os livros e o cinema eram as suas paixões e inspirações e foi um autodidata guiado pela curiosidade e o seu gosto pessoal. O seu primeiro artigo foi publicado em 1952 no jornal “A Nossa Terra” com o título «Arte das Imagens – Divulgação Cinematográfica: Georges Méliès» iniciando uma larga e intensa colaboração de cerca de cindo décadas com a imprensa da época: Diário de Lisboa, Jornal do Fundão, Notícias da Amadora, República, Diário Popular, O Comércio do Porto, A Capital, etc. A partir de 1954, publica textos sobre o cinema na “Imagem”, boletim de Cineclube, e em publicações de cinema como Visor, Celuloide e Esfera, entre outras. É também correspondente de jornais e revistas no Brasil, Estados Unidos, Suíça, França, Reino Unido, entre outros países.

A influência de Vasco Granja na difusão e na criação de banda desenhada em Portugal e em outros países foi imensa, mas Granja, também tem uma larga história de opressão devido às suas crenças políticas e os seus ideais comunistas. Ao largo da sua vida foi muitas vezes preso pela polícia e esteve muito tempo encarcerado por ser comunista.

Informações de: Maria Inácia Granja, Cecília Granja, Liliana Granja de Morais, Adriana Granja de Morais